sexta-feira , 22 novembro 2024

Apoio de artistas em campanha eleitoral pode ser um problema à opinião pública, diz cientista político

Desde a polêmica declaração da cantora Anitta, na semana passada, em manifestar apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o cenário político brasileiro deste ano promete ser bastante movimentado, tanto pela disputa da polarização Jair Bolsonaro e Lula, quanto no meio artístico, afim de dar engajamento e atrair eleitores para candidato X ou Y.

Percebe-se que essa polarização entre a campanha presidenci

al deste ano não está presente apenas nas pesquisas eleitorais e nos tradicionais eventos políticos. De um lado, os sertanejos por exemplo, apoiam abertamente o presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto de outro lado, artistas do pop nacional defendem a volta do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O embate travado da cantora Anitta nas redes sociais incomodou até mesmo o presidente Jair Bolsonaro (PL) que foi contra seu posicionamento. Bolsonaro até reconheceu que Anitta, de fato, influencia os jovens mas criticou a regulação da mídia defendida pelo PT, prometendo a esses jovens que defenderá a liberdade de continuar acessando aplicativos e redes sociais.

Em sua avaliação, estes apoios podem se tornar um grande problema, a partir do momento quando as suas manifestações extrapolam o pronunciamento do direito privativo de manifestação e opinião.

”Eles também são cidadãos, são eleitores e tem direito de manifestarem suas preferências. O problema se dá, quando as suas manifestações extrapolam o âmbito do pronunciamento privativo do direito de manifestação e opinião e passa a criar ondas de opinião, a interferir na opinião pública”, avalia Pedro Célio.

Pedro explica que na tradição da política brasileira, não é ”raro” que candidatos e partidos costumem valer-se de artistas. Como não existe mais os famosos showmícios, onde a legislação brasileira proíbe a contratação de cantores e artistas em participações nos palanques de candidatos, alterou-se a estratégia de comunicação dos candidatos.

Mas segundo Pedro, por outro lado, tem a internet, um outro fenômeno de disseminação quase universalizada onde através das redes sociais a comunicação política de maneira indireta continua valendo.

Fonte: Diário de goiás

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