O delegado não entrou em detalhes, mas reforçou a informação de que a doceria de Goiânia, onde as sobremesas comidas pelas vítimas antes de passarem mal, teriam sido compradas, não tem relação com as mortes
Uma pessoa suspeita de envolvimento na morte de Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Alves, de 86 anos, foi ouvida pela polícia nesta segunda-feira (18) em oitiva que durou mais de cinco horas, segundo o delegado Carlos Alfama, da Delegacia de Investigações de Homicídios (DIH). De acordo com ele, até o final da manhã desta terça-feira (19), duas pessoas haviam prestado depoimento formal, mas ninguém foi preso.
O delegado não entrou em detalhes, já que a investigação segue em sigilo, mas reforçou a informação de que a doceria de Goiânia, onde as sobremesas comidas pelas vítimas antes de passarem mal, teriam sido compradas, não tem relação com as mortes. O policial informou que existem algumas linhas de investigação, mas nenhuma delas aponta para uma “falha” ou responsabilidade da empresa.
No momento, é esperada a conclusão dos laudos periciais, tantao dos corpos das vítimas, quanto de alimentos colhidos na residência da família. Não é descartada a possibilidade de que tenha ocorrido um duplo homicídio no caso. O investigador preferiu não informar se a pessoa ouvida foi um homem ou uma mulher.
Entenda o caso
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, morreu no domingo (17), após passar mal e ser internado com dores abdominais, vômitos e diarreia. Já Luzia Alves, de 86 anos, teve a morte confirmada pela família na madrugada de segunda-feira (18). Ela estava internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu. Ambos comeram algum alimento por volta de 10h, que pode estar diretamente ligado às mortes.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pela mulher de Leonardo, Eliane Alves, além dele e a da sogra, a nora, Amanda Partata, que estaria grávida, também comeu a sobremesa da doceria, comprada em um empório, por volta das 10h, de domingo (17). Por volta das 13h, todos apresentaram os mesmos sintomas. Os corpos foram liberados pelo IML e sepultados na tarde desta terça-feira (19), em Goiânia.
Em publicação de homenagem pela morte do pai, Maria Paula Alves, que é médica, disse que o pai comeu um “alimento comprado em um estabelecimento famoso e bem credificado, mas acabou passando mal”. Após a repercussão e o nome de uma doceria de Goiânia ser amplamente divulgado, Maria Paula, que é médica, disse que “ninguém sabe ao certo o que aconteceu. […] Se for mesmo da comida, ainda sim existe dentro disso uma gama gigante de possibilidade que pode ter acontecido”, escreveu em nota.
fonte: g5news