Prefeitura de Goiânia tenta barrar greve de servidores da educação mas Justiça impõe derrota

Prefeitura de Goiânia tenta barrar greve de servidores da educação mas Justiça impõe derrota

Greve está prestes a completar um mês

A Justiça de Goiás indeferiu um pedido de tutela de emergência feito pela Prefeitura de Goiânia que alegava ser ilegal a greve de servidores administrativos da Educação do Poder Municipal. A decisão foi publicada na noite desta quinta-feira (26/10) e é assinada pelo desembargador Fernando Braga Viggiano da 3ª Câmara Cível. O movimento completa um mês de reivindicações no próximo dia 2 de novembro.

A Prefeitura argumenta entre outras teses que a greve foi deflagrada em meio às negociações entre o Poder Municipal e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego). Antes que as tratativas se consolidassem, a paralisação poderia ser efetuada. Sustentava também que apenas 721 dos servidores de um universo de 5 mil aderiram à greve de fato.

O executivo goiano ainda destacava que no meio do caminho apresentou uma proposta que foi recusada pelo Sintego. No entanto, a Justiça recusou as argumentações da Prefeitura e alegou que os trâmites que deram origem à greve estavam dentro da legalidade. Entre as respostas, estava que apesar da apresentação da proposta, o empregado pode decidir se aceita ou não as condições.

“Portanto, nesse primeiro momento, entendo que os fatos narrados, os fundamentos aduzidos e os documentos juntados aos autos não evidenciam os requisitos ensejadores da tutela provisória de urgência”, salienta o desembargador. Ao destacar a decisão, o jurista reforça que trata-se de um documento em caráter provisório e que pode ser mutável diante da “evolução da marcha processual”.

A proposta a que a Prefeitura se refere foi apresentada na penúltima segunda-feira (16/10) quando o movimento grevista completou duas semanas de paralisação. O poder executivo apresentou uma proposta que foi recusada pelo Sintego que reivindica equiparação auxílio-locomoção ao mesmo valor recebido pelos professores, 6% de reajuste imediato na data-base e a reformulação do plano de carreira da categoria.

 

fonte: maisgoias

Isabele Brandão

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