Lula sobre conflito entre Rússia e Ucrânia: “Eu sou contra a guerra. Eu quero paz”

Lula sobre conflito entre Rússia e Ucrânia: “Eu sou contra a guerra. Eu quero paz”

O presidente brasileiro não comentou especificamente a rebelião de mercenários no exército Russo, mas reiterou posicionamento sobre a paz.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a reiterar, neste sábado (24/6), seu posicionamento contra a Guerra na Ucrâna. Questionado por jornalistas sobre a rebelião de mercenários no exército Russo, o mandatário brasileiro disse que não poderia comentar o caso em específico, pois não tinha informação suficiente. No entanto, foi enfático: “Eu sou contra a guerra. Eu quero paz”, disse.

Lula falou sobre o conflito durante entrevista coletiva concedida a jornalistas, na França, para fazer um balanço de sua viagem. À imprensa, o presidente completou: “Nós condenamos a invasão da Rússia ao território da Ucrânia. Isso está declarado e votado na ONU, mas isso não implica que vou ficar fomentando a guerra”, ressaltou o presidente da República.

Neste sábado, houve uma escalada da tensão interna na Rússia após Yevgeny Prigozhin, fundador e líder do Grupo Wagner, organização mercenária ligada ao Kremlin que vem atuando na Guerra na Ucrânia, lançar uma série de acusações contra os líderes militares russos. Prigozhin convocou uma rebelião armada contra o comando militar russo.

Ele anunciou a tomada de instalações militares em Rostov-on-Don, no sul do país, onde está localizado o quartel-general militar da ofensiva contra Kiev. A tentativa é de destituir a liderança militar.

O presidente russo, Vladimir Putin, se pronunciou sobre a rebelião e prometeu “esmagar” o que chamou de motim armado. A reviravolta dramática, com muitos detalhes obscuros, parece ser a maior crise doméstica que Putin enfrenta desde que ordenou uma invasão em grande escala da Ucrânia — que ele classificou de “operação militar especial”.

“É um golpe para a Rússia, para nosso povo. E nossas ações para defender a pátria contra essa ameaça serão duras”, disparou. “Todos aqueles que deliberadamente trilharam o caminho da traição, que prepararam uma insurreição armada e que seguiram o caminho de chantagem e métodos terroristas sofrerão a punição inevitável, responderão tanto à lei quanto ao nosso povo”, acrescentou Putin.
Situação “difícil” em cidade tomada por mercenários
O presidente russo admitiu que a situação é “difícil” na cidade de Rostov-on-Don, no sul do país, onde o grupo paramilitar Wagner alega controlar instalações militares, incluindo um campo de aviação.

“Serão tomadas medidas decisivas para estabilizar a situação em Rostov, que é difícil”, comentou Putin em uma mensagem à nação. Na declaração, o líder russo ainda afirmou que o funcionamento de “órgãos da administração civil e militar está de fato bloqueado” na cidade, onde fica o quartel-general militar da ofensiva contra a Ucrânia.

Prigozhin havia exigido que o ministro da Defesa, Sergei Shoigu, e Valery Gerasimov, chefe do Estado-Maior — que ele se comprometeu a destituir, por causa do que ele classifica como sua desastrosa liderança da guerra contra a Ucrânia —, fossem vê-lo em Rostov-on-Don, cidade perto da fronteira ucraniana que ele diz ter controlado.

A milícia Wagner de Prigozhin liderou a captura da cidade ucraniana de Bakhmut no mês passado e, há meses, Putin acusa abertamente Shoigu e Gerasimov de demonstrar incompetência, de negar munição e de apoiar o grupo Wagner.

 

Fonte: metrópoles

Isabele Brandão

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