sexta-feira , 22 novembro 2024

7 de Setembro: Bolsonaro reforça ameaça a STF e ministro rebate

  1. Protestos contra e a favor do governo do presidente Jair Bolsonaro marcam o feriado da Independência no Brasil nesta terça-feira (7). Falando aos manifestantes em Brasília nesta terça, Bolsonaro voltou a fazer ameaças ao STF.

“Nós não mais aceitaremos que qualquer autoridade usando a força do poder passe por cima da nossa Constituição. Não mais aceitaremos qualquer medida, qualquer ação ou qualquer certeza que venha de fora das quatro linhas da Constituição. Nós também não podemos continuar aceitando que uma pessoa específica da região dos três poderes continue barbarizando a nossa população. Não podemos aceitar mais prisões políticas no nosso Brasil. Ou o chefe desse poder enquadra o seu, ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos”, disse, em alusão à suprema corte. “Nós valorizamos, Reconhecemos e sabemos o valor de cada poder da República”.

“Aqui na Praça dos Três Poderes juramos respeitar a nossa Constituição. Quem age fora dela se enquadra ou pede pra sair”, disse.

Alvo das ameaças de Bolsonaro, o ministro Alexandre de Moraes se manifestou em uma rede social em defesa da democracia.

“Nesse Sete de Setembro, comemoramos nossa Independência, que garantiu nossa Liberdade e que somente se fortalece com absoluto respeito a Democracia”, escreveu o ministro do STF.

Os atos acontecem em meio a embates do presidente com o Supremo Tribunal Federal (STF), e em um contexto de queda na popularidade e nas avaliações sobre a administração Bolsonaro – e de uma acentuada crise econômica.

O presidente acirrou as tensões ao convocar os atos pró-governo, com pauta antidemocrática, com ameaças aos ministros do Supremo e ao Congresso.

Na última sexta-feira, sem citar nomes, Bolsonaro disse que a manifestação pró-governo seria um “ultimato” a duas pessoas que estão “usando da força do poder” contra ele. Em Brasília, a avaliação é de que ele se referia aos ministros do STF Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes.

Os apoiadores do presidente intensificaram os chamados para os atos após a rejeição da PEC do voto impresso, uma demanda dos bolsonaristas diante de supostas fraudes nas eleições, sobre as quais não há indícios e cujas as provas o próprio presidente assumiu não existirem.

No campo contrário, manifestantes protestam contra o governo Bolsonaro e a escalada da crise institucional e econômica. Diante de quase 600 mil mortos na pandemia do coronavírus, aumento de preços, do desemprego e da fome, os atos pedem a saída do presidente.

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