A cobrança da taxa de lixo em Goiânia, sob a gestão do prefeito eleito, Sandro Mabel, tem gerado discussões e preocupações entre os goianienses. A implementação dessa taxa, que visa custear a coleta e o tratamento de resíduos sólidos na capital, suscita questionamentos sobre seus impactos no cotidiano da população.
Nesse contexto, a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) desempenha um papel fundamental na execução dos serviços de coleta e manejo de resíduos. A Comurg é responsável por garantir que as vias da cidade permaneçam limpas e que a população receba um serviço eficiente. Para apoiar a melhoria desses serviços, o consórcio “LimpaGyn”, formado por empresas especializadas em gestão de resíduos, foi criado, com um valor estimado de contribuição de R$ 15 milhões para o projeto. Essa parceria promete agregar tecnologia e conhecimento ao trabalho de limpeza urbana, potencializando tanto os resultados quanto a eficácia das operações.
Entretanto, a cobrança da taxa de lixo suscita preocupações sobre o impacto financeiro para a administração do atual prefeito Rogério Cruz. A necessidade de solucionar a dívida da Comurg, um problema que já se arrasta por anos, foi uma das promessas de Sandro Mabel. Neste sentido, o prefeito se comprometeu a encontrar soluções para reverter a situação financeira da companhia e torná-la viável novamente, além de planejar um enxugamento dos quadros de funcionários, demitindo aqueles que não contribuírem com a administração.
Um ponto crucial a ser considerado é que a Comurg, além de suas funções operacionais, tem sido vista como um “gigantesco cabide de emprego” para vereadores que trocam apoio à administração por cargos e favores. Com a proposta de enxugamento, resta saber qual será a moeda de troca que Mabel ofertará aos nobres edis para conseguir uma base sólida de apoio na Câmara Municipal. O que o prefeito deseja realizar no saneamento da Comurg é admirável em teoria, mas a grande questão é se ele conseguirá implementar essas mudanças sem melindrar os parlamentares, que frequentemente são descritos como “vampiros sedentos pelo sangue que jorra na Comurg”.
Muitos cidadãos questionam a justiça da taxa, tornando ainda mais importante a compreensão de como os recursos arrecadados serão aplicados. Mabel precisa explicar claramente como a taxa será utilizada na melhoria dos serviços de coleta, na promoção da reciclagem e na educação ambiental, garantindo que os goianienses vejam um retorno positivo do que será pago.
Além disso, é essencial considerar as dificuldades financeiras que algumas famílias podem enfrentar, especialmente em um contexto de crise econômica. Por isso, a administração municipal deve avaliar alternativas, como isenções ou reduções para aqueles que estiverem em situação vulnerável.
Em suma, a cobrança da taxa de lixo em Goiânia deve ser tratada com responsabilidade e atenção pela administração pública. Um diálogo aberto com a comunidade, transparência nas ações e a promoção de um serviço eficaz, com o suporte da Comurg e do consórcio LimpaGyn, são essenciais para que os goianienses possam visualizar essa medida não apenas como um encargo, mas como um investimento na melhoria da cidade e na qualidade de vida de todos. A responsabilidade financeira e a busca pela eficiência nos serviços públicos são fundamentais para que os cidadãos confiem nas promessas da gestão e se sintam participantes na construção de uma Goiânia mais limpa e sustentável, sem as amarras de interesses pessoais que podem comprometer a integridade da administração pública. Assim, o sucesso da gestão dependerá não apenas da capacidade de implementação, mas também de uma estratégia política que assegure que os interesses das pessoas estejam acima das práticas tradicionais que têm prejudicado a eficiência e a integridade administrativa. Diante desse cenário, Sandro Mabel precisa demonstrar sua capacidade de gestão e implementar soluções eficazes para resolver o problema histórico da Comurg, muitas vezes considerada um “patinho feio” na administração pública. Sua responsabilidade é garantir que a Comurg preste os serviços para os quais foi criada, assegurando que a limpeza urbana e o manejo de resíduos sejam realizados de forma competente e eficiente.
Se Mabel não conseguir cumprir essa promessa, os cidadãos correrão o risco de se deparar com a amarga realidade de que dedicaram seu voto a um projeto que não se concretizou. Assim como uma bolacha que é levada por um passe de mágica e desaparece em um momento descuidado, o voto confiado ao prefeito pode se transformar em frustração, simbolizando uma escolha que, ao invés de trazer melhorias, acabou “jogando no lixo” as esperanças de uma administração mais eficaz e comprometida.
Portanto, a administração de Sandro Mabel deve ser vista como um teste de sua liderança e capacidade de transformação. É crucial que seja capaz de converter as promessas feitas durante sua campanha em ações concretas, evitando que a confiança depositada pelo eleitorado se desfaça diante da ineficiência e da perpetuação de práticas desgastadas. Para que os goianienses não se sintam futuramente enganados, Mabel deve não apenas lutar contra as dificuldades históricas de uma Companhia que carrega um legado pesado, mas também construir uma gestão que realmente valorize o voto recebido, transformando-o em um ativo poderoso para o bem da cidade.
por Messias da gente